terça-feira, 22 de abril de 2008

Cancro: a prevenção começa no prato


O status do cancro está a mudar. Antes, visto como uma única patologia é, agora, reconhecido como um grupo de doenças, que podem caracterizar-se como prevenível, curável, crónica e, em alguns casos, fatal. Tal mudança é resultado de inúmeros fatores, especialmente da evolução tecnológica, de novas abordagens terapeuticas e de medicações cada vez mais avançadas.
O número de casos cresce em todo o Mundo, resultando muitas vezes do estilo de vida de cada um e da sociedade.
Factores como dietas inadequadas, sendentarismo e tabagismo, comprometem cada vez mais o aparecimento de novos casos de cancro. A mudança de tais hábitos será capaz de evitar até 40% dos diagnósticos de cancro.
A relação entre o consumo de certos alimentos e o risco de cancro possui evidência científica, apesar da complexidade dos factores que estão associados à ingestão dos alimentos, como por exemplo: conservação, preparo e quantidade consumida.
Por isso, a prevenção começa na mesa, sendo a adopção de uma dieta saudável o primeiro passo.
Alguns tipos de alimentos, se consumidos regularmente durante longos períodos de tempo, parecem fornecer o tipo de ambiente que uma célula cancerosa necessita para surgir, multiplicar-se e disseminar-se. Esses alimentos devem ser evitados ou ingeridos com moderação. São os ricos em gorduras, tais como carnes vermelhas, fritos, molhos com maionese, leite integral e derivados, bacon, presuntos, salsichas, linguiças, mortadelas, entre outros.
Existem também os alimentos que contêm níveis significativos de agentes cancerígenos, como os nitritos e nitratos, usados para conservar alguns tipos de alimentos - picles, salsichas, outros embutidos e alguns tipos de enlatados. Essas substâncias transformam-se em nitrosaminas no estomago, que, por sua vez, têm acção cancerígena potente, sendo responsáveis pelos altos índices de cancro de estômago observados em populações que consomem alimentos com essas características de forma abundante e frequente.
Já os fumados e churrascos são impregnados pelo alcatrão proveniente do fumo do carvão, o mesmo encontrado no fumo do cigarro e que tem acção cancerígena conhecida. Os alimentos preservados em sal, também estão relacionados com o desenvolvimento de cancro de estômago em regiões onde é contínuo o consumo.
O tipo de preparação do alimento também influencia no risco de cancro. Ao fritar, grelhar ou preparar carnes na brasa a temperaturas muito elevadas, podem ser criados compostos que aumentam o risco de tumores de estômago e de reto. Por isso, métodos de cozimento que usam baixas temperaturas são escolhas mais saudáveis. São eles: vapor, fervura, ensopado, guisado, cozido ou assado.





Opinião:
Já era do conhecimento geral que certo tipo de alimentos e a forma como são preparados, prejudicam a saúde de cada um.
Na alimentação típica do nosso país cometem-se muitos exageros, utilizando, por exemplo, doses muito elevadas de sal para a confecção de pratos gastronómicos.
Perante esta situação, convém que se mudem certos hábitos alimentares, para benefício da nossa saúde.


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