O presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução (SPMR), Silva Carvalho, disse à Lusa que o número de ciclos de procriação medicamente assistida é mu
ito reduzido em Portugal, comparativamente com as recomendações da Sociedade Europeia de Reprodução.O responsável adianta que é preciso alterar a situação actual nesta matéria, em que os casais não têm rendimentos suficientes para pagar os tratamentos e o Estado não presta apoio suficiente. Silva Carvalho refere que apesar dos tratamentos serem gratuitos nos hospitais públicos, os casais têm de suportar os custos da medicação, que rondam os mil euros por tratamento.O presidente da SPMR disse também que o Estado deveria apoiar mais estes casais (actualmente comparticipa os medicamentos em 40%) e obrigar as seguradoras a «reconhecer a infertilidade como uma doença».Silva Carvalho salienta ainda que para fazer frente às listas de espera, que chegam por vezes aos dois anos, o Estado deveria encaminhar os casais para clínicas privadas e suportar os custos de tratamento.
Salientando o impacto económico, social e demográfico que as técnicas de combate à infertilidade estão a ter hoje, Silva Carvalho afirmou que a reprodução medicamente assistida representa já cerca de «três a quatro por cento das crianças que nascem na Europa».
Opinião:
Concordo plenamente com o que o Dr. Silva Carvalho enunciou. Penso que o governo português precisa de dar mais apoio aos casais com problemas de infertilidade, pois há um crescente número de casos de pessoas afectadas por esta doença (sim, isto é uma doença, ou pelo menos deveria ser encarado como tal) e muitas delas não têm possibilidades de suportar os custos dos tratamentos. Têm somente um desejo enorme, o de ter um filho!
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